sábado, 11 de octubre de 2008

A varanda de Julieta (poema para Galaad)

"Uma vez, entrei em Verona para não
entrarem Veneza. Entre o vê de Verona e o vê
de Veneza optei por ver Verona. Gostei da
coincidência das consoantes na janela
de Julieta; e sei que em Veneza não ouviria
o vento da vingança, nem provaria o veneno
de uma volúpia que só em verona se
desvanece com a vida. Não há canais em
Verona, como en Veneza; nem há janelas
em Veneza, como em Verona; mas Julieta
espreita a rua, da janela que é sua, e se
ninguém diz a senha que só ela sabe, agita
o lenço molhado pelas lágrimas que as
nuvens bebem, levando-as de Verona até
Veneza, onde a chuva as deita nos canais."-
Nuno Júdice, A varanda de Julieta

^_^

3 comentarios:

Anónimo dijo...

cómo te gusta este poema...

Unknown dijo...

síiiiiiiiiiiiiiii

Anónimo dijo...

é muito lindo, quase tão lindo como você :)